terça-feira, 3 de maio de 2011

VIRTUALMENTE























VIRTUALMENTE-

Paira no ar
O que quer que seja
Loucura mesmo
Aragem fina que me vibra...

Sabem teus versos
Que as intenções decifram
Desejos, e na fala de uma estrela
Minha janela invade, certeira
Esperada palavra indizível
Por que eu tenha de repente
A música que arraste
Ao meu céu de olhar
Em aquarela, salpicados
Cristais de luar
Se no éter matizado e além
Nas transparências
Dos sonhos onde sonho respirarmos
O cheiro da noite aventurar-se
Pelos inconscientes sentires
De corpos que se queiram usar-se
Em poesia inteiramente!

Miguel-

3 comentários:

Karinna* disse...

*Não creio que exista algo mais lindo, terno e ardente que ser poesia inteiramente'...
Com esse espectro rondando-me(o câncer) ando divagando que o melhor lugar para se estar é num verso, num poema.
Viver e amar nas linhas douradas de um poema...
Essa é minha idéia, hoje, de infinito.
Aqui, de forma primorosa, como sempre, traduzes um "possível" que muitos incrédulos repudiam.
Eu vivo poesia.
Belíssima composição...bela!
Beijo-te com sempre renovada admiração
K*

Marilândia Marques Rollo disse...

"VIRTUALMENTE" matiza com soberbas cores "O cheiro da noite" - fragrância dos versos teus exalando.

MAGISTRAL POEMAR!!!

Beijos.
Marilândia

V.Cruz disse...

Como ousadia de Van Gogh, o poeta tal qual girassol, acompanha a trajetória do sol...crispando o suporte em papel, amoldando a poesia que é consumida por sedentos olhos virtuais...
Um banquete de realidade!