sexta-feira, 22 de abril de 2011

PINTURA EM POESIA



















Em nuances que se fazem ao longe
O caminho por detrás da pele
Que dedos inventaram
Por calmas águas
Ou rude som dos ventos
Que o prenúncio do orgasmo nasce
Vem em meio de enorme tempestade
Verso algum que em meu desejo afina-se
Fica de soslaio botando banca todo prosa
A que a profundeza nem atinge à plena luz
É fragmento de expressão entre uma chuva fina
Que se enxerga na incidência da mente que é urgente
Quando a surpresa mais desbrava o prisma por que se vê
Quando a cobiça faz corar, sorrir de medo, enquanto passa
E a cabeça roda, crente da certeza apaixonada
Que preencha os vazios do dia como nada!

Miguel Eduardo Gonçalves














Img - Max Ernst

Um comentário:

V.Cruz disse...

Corante carmim se deita sobre a pele esfogueada.
Os dedos úmidos, imitam o ensaio dos ventos por entre as frestas da narina do resfolegante artista.
Um silencio para contemplação...ao instante que desenha as margens leitosa do êxtase.
Bjssss