domingo, 5 de dezembro de 2010
HOJE ME CHAMO ESTRELA
Palavras no primor que todo olhar namora, constroem o dia olhando aquela flor, para aumentar as horas que, gentis, no mundo decompõem-se em grata essência.
A natura não dá de graça coisa alguma, mas perdura em seres insuspeitos, numa folha que cai no fogo que devasta, na criança que nasce do amor quando aparece e quando se esvai precocemente, arrancado de si o mágico sentido.
Tudo isso me serve para pensar no agora ou no cerimonial que impõe da alma o rito, fogo tão grande ou alma tão pequena, que harmoniza a vida e nos inventa.
Assim, Cativa* representa a inquietação, mas essa é feita só aos galhos secos, despidos de seiva, que o vento agita e prende, como as lágrimas silenciosas, que choram a prece das raízes, e ninguém vê!
Miguel-
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
*
hoje me chamo estrela
e o brilho absurdo das dores
pontiagudas têmporas
levam-me até o não sei
num doce e solitário vai e vem...
hoje me chamo estrela
e por um instante sublime
sou parte de um céu de sorriso
de um beijo de olhares
de um verso íntimo e inquietante
que me impele ao ser infinito...
hoje sou estrela
e apenas vivo e amo.
BjM-
K*
Postar um comentário