
Palavras no primor que todo olhar namora, constroem o dia olhando aquela flor, para aumentar as horas que, gentis, no mundo decompõem-se em grata essência.
A natura não dá de graça coisa alguma, mas perdura em seres insuspeitos, numa folha que cai no fogo que devasta, na criança que nasce do amor quando aparece e quando se esvai precocemente, arrancado de si o mágico sentido.
Tudo isso me serve para pensar no agora ou no cerimonial que impõe da alma o rito, fogo tão grande ou alma tão pequena, que harmoniza a vida e nos inventa.
Assim, Cativa* representa a inquietação, mas essa é feita só aos galhos secos, despidos de seiva, que o vento agita e prende, como as lágrimas silenciosas, que choram a prece das raízes, e ninguém vê!
Miguel-