domingo, 21 de novembro de 2010

SONETO DE UM PASSEIO VÁRIO

Se qual perfume em cujo olor, surpresa
Anseio estar um tanto quanto louco
Vem a energia em destrambelho acesa
Regar-me inteiro que indizível é pouco

Aspiração, ar penetrante à mesa
São os caprichos em que não me poupo
Acaso enlevo como tal nudeza
Me pense a entrega, e então o fogo douto

Numa panela que as misture enquanto
As carnes tenras à pele em furor
O aroma em ímpeto apaixone tanto

Goze senhor de resolver calor
Próprio verão a encerrar-se manto
Como se diz a tal palavra amor

Miguel-


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