domingo, 20 de junho de 2010

FORA DO CHÃO
























Dizendo no seu fecho, que me embala
A madrugada uiva em verbo amar
E tu, aquela em que o instinto cala
Domínio inexprimível do luar

Que a gente entende como sendo a gala
De um tempo farto em brasa pelo ar
Que força ao pensamento contemplá-la
Mítica musa inteira do adorar

A fúria do prazer que mais afaga
Emerge do espetáculo que excede
À gloria sublimada de uma saga

É coisa tão silente, e que sucede
Paixão que forte vem e não se apaga
A ser incontinenti um caso adrede

Miguel-

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